O dia que eu decidi escrever sobre sorte
Hoje resolvi escrever sobre sorte. Porque? Se o nome do blog se refere a isso, porque não dialogar comigo mesma sobre os motivos?
A palavra sorte tem origem latina e vem de "sors" uma referência dos antigos romanos para as surpresas, boas ou ruins, que o destino reserva para o homem. Alguns acreditam que ela é obra do caso, outros que ela acontece devido ao impulso de forças superiores. Eu? Eu não acredito nessa sorte.
Eu acredito na sorte criada, aquela que vem crescendo lá do fundo do nosso inconsciente até virar uma ideia. Depois se transforma em vontade, desejo, impulso, atitude. Eu acredito na sorte que é cultivada todos os dias, sofrida, chorada, sorrida, guiada pelos nossos próprios pés, seguindo o nosso rumo até ser empurrada com tanta força, que vira sonho, vira projeto de vida, vira casamento, vira amor, vira trabalho, vira boa ação, vira blog.
Ela não tem volta, não tem data de validade e muito menos pode ser dada pra outra pessoa, porque essa sorte é a chama que vive dentro de cada um, é o azar pedindo pra sair dali e virar livro, filme, canção, empresa, virar realização de vida, virar tudo - menos acaso.
O destino, quando vem, não chega com sorte, não chega com boa ação, chega com consequências. O destino não vem de leve, não nos impulsiona, não nos faz querer largar tudo e só ver sorte, sorte, sorte. O destino infelizmente não pede licença e nem cresce dentro de cada um. Ele é consequência - triste ou feliz - do que fazemos com a sorte.
Eu não sei o que me trouxe até aqui, mas sei que eu precisava vir e escrever algo, vir e rodar de novo as engrenagens de algo que há muito tempo eu venho tentando ignorar. Eu precisava impulsionar de novo a minha sorte, a minha um pouco de sorte. Então, eu não sei o que te trouxe até aqui, eu não sei o quão inspirador ou desanimador isso pode ser na sua vida, mas que seja um incômodo, que seja um grito, que seja um apelo: faça a sua sorte. Se apegue a ela, lute por ela, e no fim, você vai ver que azar é só ponto de vista.
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