Sobre o tempo e o perdão
Na maioria das vezes, quando estamos magoados com alguém o maior prejudicado não é a pessoa e sim, nós mesmos, que ainda insistimos em carregar aquele fardo. Algumas pessoas nos ofendem e não se importam com isso, não andam com consciência pesada e muito menos se acham no dever de pedir desculpas.
É comprovado que nossas emoções afetam diretamente na nossa saúde física, no nosso ânimo diário, na nossa vontade de correr atrás de nossos objetivos. Sem falar na saúde mental, que é a grande prejudicada da história. Cultivar esses sentimentos ruins, não importa pra quem seja, só nos desgasta e limita nosso bem-estar. "Só estou bem se fulano não estiver aqui", "Ah pra que você foi falar de fulano", são alguns sinais disso.
Temos que nos libertar das ciladas que nos colocamos quando estamos magoados com alguém e deixar que o tempo passe, pra que, quando estivermos saudáveis e estabilizados emocionalmente, possamos perdoar quem precisa, e aceitar o perdão também.
É difícil? Pra caramba. Ás vezes parece impossível esquecer a facada que levamos, porque ela dói e sangra toda vez que é lembrada. O segredo não é esquecer e sim, arrancar a faca que ainda perfura todos os dias, pra que o curativo seja feito, a cicatriz apareça e nós possamos tocar nela sem dor, sem remorso. Insistimos em deixa-lá no mesmo lugar porque criamos a ilusão de que, pra arranca-lá precisamos da pessoa que nos machucou, mas na verdade, depende só de nós mesmos.
Que hoje você possa ter coragem de pedir a si mesmo coragem pra enfrentar essas mágoas, coragem pra arranca-las fora de si, pra perdoar quem precisa, pra se perdoar e, principalmente, pra viver bem consigo mesmo. Eu topo o desafio, e você?
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