A vida é como um livro

Pra ler ouvindo:

A vida é como um livro. 
Adoro fazer essas comparações e ficar pensando nelas por horas, me faz crer a cada dia mais que não estamos aqui só pra gastar oxigênio alheio. 
Voltando ao assunto, a vida é como um livro, ou um filme, ou um curta até - depende do tempo que cada um tem. Sou uma leitora compulsiva por isso gosta de comparar aos meus amigos de papel, não me julguem.
Então, assim como um livro, nossa vida é uma história que vamos escrevendo com o passar dos anos até chegar ao final. De acordo com o nossos gostos, personalidade, crenças e jeito de olhar pro mundo, escolhemos o gênero, adicionamos e eliminamos personagens, mudamos o rumo quando bem entendermos, e, na maioria das vezes, podemos até escolher o desfecho da história. 
Alguns de nós começamos a escrever essa história bem cedo, outros vão rascunhando até realmente começar a escrever (viver) de verdade. Pode ser uma comparação clichê e provável. A vida é como um livro porque, assim como nas histórias que lemos e vemos, mesmo que haja um jeito de descobrirmos o que acontece lá na frente, não da pra entender o final sem passar pelo desenvolvimento. É necessário viver todos os dias e tentar sugar ao máximo todas as pessoas, sentimentos, lugares, viagens, dores e alegrias pra saber e entender o final da história.
Além disso, é preciso não se preocupar com os próximos capítulos, pra podermos aproveitar livre e decentemente, tudo que a vida nos proporciona todos os dias, não importa o que seja. O mais difícil nisso tudo é que nos  deixamos levar pelo maior clichê de todos: se apegar ao futuro e deixar de viver o presente. 
Passamos nossos dias nos preocupando com a roupa pra lavar amanha, o casamento de semana que vem, o dinheiro da viagem do próximo ano e reclamando o tempo todo, que não temos tempo pra absolutamente nada. Quando estamos ocupados, queremos férias, quando temos férias, sofremos de tédio e queremos voltar pro trabalho, gerando um ciclo vicioso e ás vezes até invisível a nossa correria. O cinema já encenou filmes em que os robôs dominam o mundo, acho que somos esses robôs. Vivemos como seres automáticos e programados que não olham pro amigo do lado, não vivem os sentimentos, não se entregam aos pequenos prazeres da vida.
E aonde que a vida ser um livro se encaixa nisso? Assim como neles, a vida pode acabar inesperadamente, sem um desfecho satisfatório pra nós que escrevemos a história e pro resto dos personagens. É só lembrar de como nos sentimos quando um filme ou livro que gostamos acaba do pior jeito possível, com questionamentos infinitos e nos deixando com aquela sensação imensa de que falta algo. A vida é muito, muito frágil, e ela passa num piscar de olhos, por isso, devemos viver todos os momentos da melhor forma possível, aproveitando a oportunidade que temos todos os dias de amar, chorar, rir, brincar, morcegar. Viva hoje, como se fosse morrer amanha. Não deixe nada passar, não deixe nenhuma mágoa ficar, não deixe a rotina reinar e nem deixe o orgulho ou qualquer sentimento ruim te guiar, porque melhor do que aproveitar a vida, é saber que você fez o melhor dela enquanto pode, quando o final da história da chegar.

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